A Dinamarca conquistou domingo a medalha de ouro no torneio masculino de andebol de Paris2024, a segunda da sua história, ao vencer de forma convincente por 39-26 a Alemanha, na despedida do seu eterno Mikkel Hansen.
A seleção dinamarquesa, campeã mundial, vice-campeã olímpica e vice-campeã europeia, realizou uma exibição irrepreensível e selou com um recorde de 13 golos de diferença (39-26) a oitava vitória em oito jogos em Paris2024.
Há três anos, em Tóquio2020 (disputados em 2021 devido à covid-19), a Dinamarca perdeu a final contra a França, por 25-23, e teve de se contentar com a prata, mas desta vez não teve rodeios e não deu hipótese à Alemanha e com recordes.
O equilíbrio rondou os minutos iniciais do encontro, até aos 6-5, altura em que os dinamarqueses, com um parcial de 6-0, abriram para uma vantagem de sete (12-5), que se viria a revelar intransponível.
O desempenho dos nórdicos, ao nível defensivo e ofensivo, bem como na variação de jogo e velocidade, permitiu-lhes chegar ao fim da primeira parte a vencer por 21-12, o que constitui novo recorde de golos marcados até ao intervalo numa final olímpica.
A vantagem de nove golos ao intervalo foi também um novo recorde na final olímpica de Lille, batendo por dois golos a maior vantagem anterior, estabelecida pela Jugoslávia contra a Checoslováquia (12-5), nos Jogos de Munique1972.
Na segunda parte, a Dinamarca manteve o brilho da sua exibição e foi aumentando a diferença para números absurdos, respetivamente 13 aos 28-15, 14 aos 33-19 e 15 aos 35-20 e 39-24, para fechar o jogo com 13 à maior (39-26).
O dinamarquês Mathias Gidsel, jogador mundial do ano de 2023 pela Federação Internacional de Andebol (IHF), terminou a partida com 11 golos, o suficiente para se tornar o melhor marcador do evento, com 62 golos, e superar o anterior recorde de Mikkel Hansen, com 61.
A seleção escandinava também marcou o maior número de golos de sempre numa final dos Jogos Olímpicos, batendo o anterior máximo (32) estabelecido pela União Soviética contra a Coreia, em Seul1988.
Tudo isto faz, muito provavelmente, que estes tenham sido os melhores 60 minutos alguma vez jogados por uma seleção na final dos Jogos Olímpicos, marcados ainda pela despedida de Mikkel Hansen e da retirada do capitão Niklas Landin da carreira internacional.
Na sua terceira final consecutiva nos Jogos Olímpicos, a Dinamarca garantiu a segunda medalha de ouro, tornando-se o quinto país da história, depois da França (três), da União Soviética, da Croácia e da Jugoslávia, a conquistar, pelo menos, dois títulos.